12 conselhos àqueles que pensam em mudar de igreja
Um náufrago foi encontrado dez anos depois em uma pequena ilha. Quando o
capitão do navio de resgate chegou lá notou que havia três cabanas de bambu
cobertas com folhas de coqueiro.
– Por que três cabanas? Você não ficou aqui sozinho por dez anos? –
perguntou o capitão.
– Sim, fiquei – respondeu o náufrago. E completou – Aquela primeira
cabana é a minha casa e aquela segunda é a minha igreja.
– E o que é aquela terceira cabana ali adiante? – insistiu o capitão.
O magro e barbudo homem, com olhar de desprezo respondeu:
– É a minha ex-igreja.
Pois é, essa pequena e engraçada história nos faz pensar na enorme
quantidade de pessoas que trocam de igreja como se estivessem trocando de
roupa. Assusta-me o fato de que inúmeros cristãos mudem de igreja com tanta
facilidade. Talvez isso se deva ao pluralismo eclesiástico de nosso tempo, no
qual se é possível encontrar uma variedade enorme de igrejas que anunciam o
Evangelho de Cristo segundo o gosto do freguês. Isto se vê nitidamente nas
pregações temáticas com palestras para empresários, endividados, adoecidos na
alma, escravizados e etc.
Infelizmente, já vi casos de irmãos que com menos de cinco anos de
caminhada cristã já passaram, pelo menos, por cinco igrejas. O interessante é
que boa parte desses crentes migradores, ao chegarem à sua nova comunidade o
fazem cheios de murmurações e reclamações quanto às comunidades passadas. No
entanto, bastam alguns poucos meses de relacionamento com seus novos irmãos,
para descobrirem que essa igreja não é tão ungida quanto se pensava, e que a
igreja do lado tem mais propostas a oferecer do que todas as outras que ele já
passou.
Os que se comportam dessa forma justificam suas saídas para uma nova
igreja usando desculpas as mais estapafúrdias possíveis. Para estes, o problema
é sempre dos outros, além obviamente de justificar seu afastamento afirmando
que o pastor é fraco, que a palavra não é ungida, que o louvor não tem poder e
que os crentes são falsos e cheios de pecados.
Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Ainda que saibamos que algumas
migrações eclesiásticas são absolutamente legítimas, temos que convir que boa
parte delas não possuem o menor fundamento. O fato é que por vivermos em um
tempo em que as relações são ralas e superficiais, as pessoas preferem voar
como pássaros de igreja em igreja evitando relacionamentos mais íntimos e
profundos do que serem confrontadas em seu modo errado de viver.
Isto posto, resolvi escrever alguns conselhos àqueles que pensam em
mudar de igreja:
1. Ore.
2. Analise os seus
seus reais motivos. O que será que está motivando você a querer mudar de
igreja?
3. Cuidado com as suas
emoções. Não é porque você se aborreceu com alguém que deve mudar de igreja.
Aborrecimentos acontecerão em qualquer comunidade cristã.
4. Avalie
doutrinariamente a igreja da qual faz parte e a igreja que pretende ir.
Lembre-se que igrejas saudáveis possuem um púlpito saudável.
5. A igreja da qual
faz parte possui um governo despótico ditatorial onde o pastor é o ungido do
Senhor e não pode ser questionado em absolutamente nada?
6. De que forma a
igreja da qual você faz parte lida com o dinheiro?
7. O que você espera
de uma igreja? A pregação de todo conselho de Deus, que lhe confronte
ajudando-o a crescer como cristão, ou a ministração de mensagens temáticas que
lhe satisfaçam os desejos de uma vida próspera e abençoada?
8. A igreja de que
você é membro prega “novas” revelações doutrinárias?
9. Você se sente
tolhido e vítima de abuso espiritual?
10.
Converse com seu pastor abertamente sobre o seu desejo e peça conselhos.
11.
Ouça pessoas mais maduras e permita o benefício da dúvida.
12.
Não seja precipitado. Lembre-se de que a precipitação pode levá-lo a
experimentar consequências desagradabilíssimas.
Pense nisso!
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